sábado, 18 de junho de 2011

Rue Lepic, 54 - Montmartre - Paris (onde Van Gogh viveu de 1886 a 1888 com seu irmão Theo)

Portas


Quantas portas eu ainda terei de atravessar
Para entender a humanidade?!
São tantas coisas inacreditáveis e doidas
Que me esforço para sempre ser feliz e sorrir.
Pois das lágrimas, a vida e as pessoas
Se encarregam por mim.


Joe Luigi
http://poesiacarinho.blogspot.com/2011/04/portas.html

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Innsbruck - Austria


Abrem-se portas e janelas...

Portas se fecham
outras se abrem
até mesmo as janelas

A todo instante
por toda a eternidade
Imensas...pequenas...
não importa o tamanho

Curiosidades...
Mistérios infinitos
Atrás delas se instalam

Medo...todos temos
determinação é o caminho
Alguns se arriscam
outros dão chances
esperam acontecimentos

Tempo...ah, o tempo
nos persegue pelos caminhos
nos controla em tudo

Rumos certos...
caminhos errados
Rumos exatos
para saber devemos arriscar
Basta abrir portas
basta olhar pela janela
A vida...
A esperança...
A riqueza...
todas as oportunidades
estão diante de nós
basta corrermos atrás
basta acreditar em nós!
(Fouquet, 1 de novembro de 2010)

http://marcelofouquet.blogspot.com/2010/11/abrem-se-portas-e-janelas.html?zx=f21aadfca225385e

quinta-feira, 2 de junho de 2011

                                     
Janelas de Veneza - Itália


 
A arte de ser feliz

Houve um tempo em que minha janela
se abria sobre uma cidade que parecia
ser feita de giz. Perto da janela havia um
pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
com um balde e, em silêncio, ia atirando
com a mão umas gotas de água sobre
as plantas. Não era uma rega: era uma
espécie de aspersão ritual, para que o
jardim não morresse. E eu olhava para
as plantas, para o homem, para as gotas
de água que caíam de seus dedos
magros e meu coração ficava
completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o
jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto
crinças que vão para a escola. Pardais
que pulam pelo muro. Gatos que abrem
e fecham os olhos, sonhando com
pardais. Borboletas brancas, duas a
duas, como refelectidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às
vezes um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu
lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante de
cada janela, uns dizem que essas coisas
não existem, outros que só existem
diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a
olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles
http://www.astormentas.com/meireles.htm